SARCOPENIA X EXERCÍCIO
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Sarcopenia refere-se à perda de massa muscular associada ao envelhecimento. No entanto, esse termo tem sido estendido à perda de força muscular relacionada com o avançar da idade. A prevalência de sarcopenia é de aproximadamente 12% para adultos de 60 a 70 anos de idade, aumentando para 30% por volta dos 80 anos de idade.
Na maioria dos estudos, o seu desenvolvimento está associado à elevada incapacidade, desordens na marcha e no equilíbrio e mortalidade. Sua causa é multifatorial, resultante de alterações do sistema nervoso (perda de unidades motoras alfa), musculares (perda na qualidade e massa muscular), hormonais (perda de hormônios anabolizantes, como testosterona, estrógeno e GH) e estilo de vida (diminuição da atividade física). Por meio da prática regular de exercícios físicos, dentre os quais os exercícios resistidos se destacam, pode ser viável prevenir a sarcopenia e melhorar consistentemente a força em idosos.
Estudos demonstraram aumento da síntese de proteínas miofibrilares musculares em jovens e idosos por meio dos exercícios resistidos. De acordo com uma revisão sistemática sobre intervenções para a sarcopenia, o exercício resistido foi considerado o estímulo mais poderoso para a hipertrofia muscular, quando comparado aos exercícios contínuos. Os autores citam, ainda, que em comparação a sujeitos jovens, o exercício resistido em pessoas idosas produz aumento de força menor em termos absolutos, mas similares em termos relativos. Ganhos de 5-10% na área de seção transversal muscular, acompanhada por aumento de 20% a 100% na força muscular, dependendo do grupo de músculos, devem ser expectativas razoáveis de um regime apropriado de exercícios.
Um estudo utilizando 25 idosos saudáveis e 26 adultos jovens verificou uma diminuição da força muscular e da expressão genética mitocondrial (maior fator contribuinte para a sarcopenia) dos idosos em relação aos jovens. Os indivíduos jovens apresentaram, inicialmente, um pico de torque 59% maior que os idosos saudáveis, e após seis meses de treinamento resistido, essa diferença diminuiu para 38%. Por meio de biópsia no vasto lateral dos indivíduos, observou-se também uma modificação no perfil de expressão genética mitocondrial (jovialização desse perfil) nos músculos dos idosos saudáveis submetidos a treinamento resistido.
Embora a resposta à hipertrofia seja reduzida em idosos, ocorre um aumento na qualidade muscular (performance muscular) de maneira similar entre homens idosos e jovens; porém pode ser maior em mulhres jovens do que em idosas.
Os ganhos de força muscular podem ser observados nas primeiras semanas, atingindo um platô por volta de 5-6 meses. Esses ganhos na força refletem adaptações neurais e musculares, com hipertrofia de fibra muscular, tornando-se dominante com duração de treino prolongado.
Vários estudos demonstram ganho de percentagem similar de força entre participantes idosos e jovens, enquanto outros têm mostrado que o aumento na percentagem de força é menor para idosos quando comparados a adultos jovens. Além disso, o efeito da idade na adaptação da força pode ser influenciado pelo sexo, duração de treinamento e/ou por grupos musculares específicos examinados.
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