segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Fasceíte Plantar

O Que é Fasceíte Plantar?www.mansourfisioterapia.com.br
 fasciíte plantar é uma afecção degenerativa da fáscia plantar proximal, sendo frequente o envolvimento junto à tuberosidade medial do calcâneo, causando quadro de dor assim que se inicia o suporte de peso.
Causas
Ambientais
  • Traumatismos;
  • Fraturas por stress;
  • Muita caminhada com os pés descalços e/ou em superfície dura;
  • Ficar longos períodos em pé;
  • Alongamentos inadequados;
  • Sedentarismo.
 Anatômicos
  • Anteversão femoral em excesso;
  • Atrofia-hipotrofia do coxim gorduroso;
  • Obesidade;
  • Coalisão tarsal;
  • Calcâneo estreito;
  • Encurtamento do tendão de Aquiles;
  • Pés planos ou cavos;
  • Diferença de comprimento de membros inferiores.
Biomecânicos
  • Fraqueza dos músculos intrínsecos do pé;
  • Pé equino;
  • Musculatura flexora plantar fraca;
  • Uso de calçados inadequados;
  • Limitação na dorsiflexão.
Outros
  • Tumores e/ou infecções;
  • Síndrome do Túnel do Tarso;
  • Lesões microscópicas e/ou degenerativas;
  • Tração do esporão do calcâneo;
  • Tendinites regionais.
Sintomas
  • Dor localizada na região do calcâneo ou ao longo de toda a fáscia plantar até sua inserção, principalmente aos primeiros passos do dia e após longos períodos sem apoiar os pés no chão, inclusive com dor à palpação;
  • Nos casos em que há encarceramento do primeiro ramo do nervo plantar lateral – nervo para o músculo abdutor do quinto dedo – a dor pode se irradiar também proximal e distalmente ao longo do pé seguindo o trajeto do nervo;
  • Desconforto em caminhadas prolongadas e longos períodos em pé;
  • Edema leve e eritema eventualmente estão presentes;
  • Diminuição na amplitude de movimento em dorsiflexão;
  • Hipotrofia do coxim adiposo do pé;
  • Em corredores é comum a queixa de dor no início da corrida que vai progressivamente diminuindo durante e apresenta piora após a corrida;
  • Nos casos avançados e/ou crônicos pode chegar a diminuir o desempenho esportivo e gerar uma limitação nas atividades de vida diária.
Tratamento Fisioterapêutico
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivos a diminuição do processo inflamatório, a supressão da dor, a restauração da função mecânica da fáscia plantar, assim como a melhora da marcha. Sendo assim, existem várias técnicas e recursos fisioterapêuticos que agem em prol desses objetivos, entre eles:
Alongamento
O alongamento é uma das formas mais eficazes para prevenir e tratar a fascite plantar, sendo fundamental. Afinal a causa mais comum da patologia é a tensão da musculatura, principalmente, da panturrilha e fáscia plantar, provocando assim o estiramento dos tecidos que cobrem esses músculos.
Eletroestimulação
 Atualmente tem sido muito utilizada a Terapia por Ondas de Choque (ESWT) para reduzir a dor associada com a fascite plantar.
A literatura aponta uma série de benefícios como: o não encaminhamento para procedimento cirúrgico, tempo de recuperação menor, e retorno do paciente às atividades habituais no dia seguinte à aplicação.
Uma das teorias propostas é que a eletroestimulação estimula a cura através da criação de um ambiente de ferida no local do tratamento, promovendo uma resposta biológica, na qual diversos fenômenos ocorrem, como a neovascularização, liberação de antígeno nuclear de proliferação celular, fatores de crescimento endotelial, bloqueio do impulso nervoso e proteína óssea morfogenética. Portanto, essa situação é capaz de promover um aumento do aporte sanguíneo e do reparo tendíneo. Acredita-se que microtraumas locais proporcionariam uma estimulação e ativação do processo de cicatrização tecidual levando à ativação da proliferação de fibroblastos.
Laser
A terapia com laser em baixa intensidade para a fáscia plantar propõe a analgesia, a redução do edema e a aceleração da reparação tecidual através da fotoativação de mecanismos celulares www.mansourfisioterapia.com.br(vasodilatação, aumento da produção de ATP e estimulação da produção de fibroblastos e colágeno).
Ultrassom
O ultrassom, como onda mecânica de alta freqüência, transmite energia através de vibração, podendo emitir em duas modalidades, contínua ou pulsada. Na forma contínua, a intensidade da onda permanece de forma constante, e os efeitos esperados envolvem produção de calor profundo, aumento do fluxo de sangue local, e redução da dor, e ainda, se utilizado em altas intensidades acaba atuando na eliminação da fibrose, podendo ser indicado nos casos de fascite plantar crônica.
Zanon, Brasil e Imamura (2006), concluíram em sua pesquisa que a aplicação local de ultra-som, no modo contínuo com alta intensidade não apresentou ganhos em relação à funcionalidade e à redução da dor na fascite plantar crônica, principalmente nos casos em que havia o esporão de calcâneo, também observaram que os exercícios de alongamento, para a fáscia e para a musculatura posterior da perna foi mais eficaz para a redução da dor e melhora funcional.
Liberação Miofascial
A liberação miofascial é uma técnica que atua com apoios, pressão manual e deslizamentos, liberando o tecido miofascial, através da combinação do movimento tracional de deslizamento, fricção e amassamento.


É realizada com a finalidade de alongar os músculos e as fáscias obtendo dessa forma o relaxamento de tecidos tensos devolvendo maior liberdade, diminuição de dores e alinhamento postural, afinal libera retrações, aumenta a flexibilidade para uma reorganização estrutural e biomecânica favorável à postura e também à realização das atividades funcionais.www.mansourfisioterapia.com.br

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